BRASÍLIA — Relator do habeas corpus apresentado pelo ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), o ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indeferiu na tarde desta quarta-feira o pedido de liminar apresentado pelos advogados do tucano para que ele não seja preso. O ex-governador se entregou no início desta tarde em Belo Horizonte.
Azeredo se entrega em delegacia de Belo Horizonte
Por ter 'inegável status', juiz determina que Azeredo seja preso em instalação militar
Nesta terça-feira, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por unanimidade, negou os embargos declaratórios, último recurso na 2ª instância, e decidiram decretar a prisão imediata do ex-governador mineiro, condenado a 20 anos e um mês de prisão por peculato e lavagem dinheiro, no esquema que ficou conhecido como mensalão tucano.
Ex-senador, deputado federal e governador do Estado, Azeredo foi condenado por desvios de cerca de R$ 3,5 milhões de estatais mineiras para caixa 2 de sua campanha à reeleição em 1998. A defesa do ex-governador nega o envolvimento dele nos crimes.
Apesar de os desembargadores da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais terem decidido não ser necessária a publicação do acórdão do julgamento do recurso para que seja consumada a prisão do ex-governador, a defesa de Azeredo requeria, no habeas corpus ao STJ, que fosse aguardada a publicação, o que possibilitaria o ingresso de um recurso extraordinário em instâncias superiore
s.
Prisão de Azeredo aumenta fardo de candidatura de Alckmin
O ministro se baseou na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do ex-presidente Lula, que determinou que não era preciso esperar a publicação do acórdão para determinar a prisão.
Merval Pereira: Eduardo Azeredo: "Fui consultar meu cardiologista"
A juíza de execução penal do caso determinou que o político se entregue à Polícia Civil e fique preso em um batalhão do Corpo de Bombeiros. A expectativa é de que isso ocorra na tarde desta quarta-feira.
|