A cidade de São Paulo reabre com restrições nesta segunda-feira (6) os bares, restaurantes e salões de beleza, após 104 dias fechados para atendimento aos clientes por conta da quarentena. A capital foi classificada na fase amarela do plano estadual de flexibilização gradual da economia, que autoriza a reabertura destes setores.
SP completa 100 dias de quarentena com obrigatoriedade de máscaras
O prefeito Bruno Covas (PSDB) assinou neste sábado (4) os protocolos que definem as regras para a ampliação da reabertura. Atividades que já estavam liberadas na fase laranja como shoppings também tiveram autorização para ampliar o horário de funcionamento.
Regras para bares e restaurantes
O decreto publicado pela Prefeitura de São Paulo estabelece que os bares e restaurantes podem funcionar por 6 horas diárias. Para a prefeitura, esses estabelecimentos poderiam funcionar até as 22h, porém o decreto do estado, que prevalece sobre o municipal, estabelece o limite de horário até 17h.
As praças de alimentação de shoppings são exceção, e a prefeitura conseguiu vincular seu horário ao dos shoppings, que estão autorizados a funcionar das 6h às 12h ou das 16h às 22h.
Veja abaixo as principais determinações do protocolo:
• Ocupação máxima de 40% da capacidade do estabelecimento
• Distância de 2 metros entre as mesas e de 1,5 metro entre as pessoas
• Máximo de 6 pessoas por mesa
• Proibição de consumo nas calçadas
• Atendimento deve ser feito apenas para clientes sentados
• Uso obrigatório de máscaras por clientes e funcionários no estabelecimento. (Apenas quando estiver sentado em sua mesa, o cliente poderá deixar de utilizar a máscara)
• Proibição de aglomerações
• Disponibilizar álcool gel para higienização das mãos
• Barreiras de acrílico devem ser instaladas nos caixas e balcões de alimentos
• Temperos e condimentos devem ser fornecidos em saches
• Cardápios deverão ser disponibilizados digitalmente ou em quadros na parede
• Funcionários devem usar máscaras, viseiras de acrílico e luvas
• Pratos, copos e talheres devem ser higienizados
• Guardanapos de tecido estão proibidos
• Ambiente deve ser submetido a um intenso processo de limpeza
• Funcionários que apresentarem sintomas de síndrome gripal devem ser testados
• Apoio a colaboradores com dependentes no período em que creches e escolas estiverem fechadas
Regras para salões de beleza
No protocolo publicado neste sábado (4) pela Prefeitura de São Paulo também constam as regras para o funcionamento dos salões de beleza. Veja as principais:
• Ocupação máxima de 40% da capacidade
• Uso de máscara obrigatório para funcionários e clientes
• Distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas
• Atendimentos devem ser agendados, evitando fila de espera
• Atendimento deve ser individual e com capacidade reduzida
• Margem de tempo entre atendimentos para que ambiente e equipamentos sejam higienizados
• Cliente nunca deve ser atendido por mais de um profissional simultaneamente
• Destinar horário exclusivo para clientes acima de 60 anos ou com comorbidades
• Cliente deve ar por triagem para avaliar se apresenta sintomas
• Medir a temperatura de funcionários
• Atendimentos a domicílio são permitidos, desde que os protocolos de higiene sejam seguidos
Como fica o comércio
A capital paulista começou o Plano São Paulo diretamente na fase 2- laranja, que significa a possibilidade de abertura econômica de alguns setores, com restrições.
Com isso, o comércio de rua e os shoppings foram reabertos no dia 10 de junho, com horário de funcionamento de 4 horas diárias. Agora, na fase 3- amarela, as lojas podem funcionar por 6 horas diárias.
O mesmo vale para os escritórios, concessionárias e imobiliárias, que também foram liberados na etapa anterior do plano de reabertura econômica.
Academias e setor cultural: falta regulamentar
Na sexta-feira (3), o governo paulista também autorizou a reabertura de teatros, cinemas, salas de espetáculo, realização de eventos culturais e academias de ginástica para regiões que estejam na fase amarela do plano de flexibilização gradual da quarentena no estado.
No entanto, a reabertura do setor cultural só poderá ocorrer se a região apresentar estabilidade de 4 semanas na fase amarela. Se a capital paulista se mantiver nesta fase, a previsão é a de que reabertura ocorra no dia 27 de julho.
Já as academias têm autorização estadual para reabrir a partir de segunda-feira, mas a volta do funcionamento depende de de protocolos pelas prefeituras e ainda não há previsão de data para que isso ocorra na capital.
Plano São Paulo
A quarentena que visa conter o avanço do novo coronavírus começou no dia 24 de março, quando o governo do estado determinou que continuassem abertos somente setores considerados essenciais: saúde, transporte, segurança, limpeza pública, indústrias, bancos e telemarketing.
Em 1º de junho, o governo iniciou o chamado Plano São Paulo para a reabertura gradual das atividades econômicas em fases. O estado foi dividido de acordo com as 17 Divisões Regionais de Saúde (DRS) e a Grande São Paulo foi subdividida em outras 6 microrregiões. A flexibilização da quarentena é feita de modo diferente de acordo com a classificação das regiões por cores.
Os cinco critérios de saúde que baseiam a classificação são: ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs); total de leitos por 100 mil habitantes; variação de novas internações, em comparação com a semana anterior; variação de novos casos confirmados, em comparação com a semana anterior; variação de novos óbitos confirmados, em comparação com a semana anterior.
Os critérios definem em qual das cinco fases de permissão de reabertura a região se encontra:
• Fase 1 - Vermelha: Alerta máximo
• Fase 2 - Laranja: Controle
• Fase 3 - Amarela: Flexibilização
• Fase 4 - Verde: Abertura parcial
• Fase 5 - Azul: Normal controlado
Na sexta-feira (3) a cidade de São Paulo e 14 municípios da Grande São Paulo se mantiveram na fase amarela. Já a região de Campinas foi rebaixada para a fase vermelha, mais restrita, devido à piora nos indicadores de saúde.
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