Miguel Ángel Ramírez tem mais três rotinas de treino para definir a primeira formação de sua era no Beira-Rio. Entre as decisões do espanhol, a mais intrigante recai no gol. Capitão do Inter de Fábio Matias nas primeiras três partidas, Daniel aguarda para saber se, enfim, receberá a almejada sequência para confirmar suas virtudes.
A menos de dois meses de completar 27 anos, o goleiro vive uma situação inusitada. Ainda carrega o estigma de promessa. A contar este início de temporada, soma apenas 12 jogos como profissional. Com um detalhe: em 2020, esteve em campo por apenas dois minutos, na vitória por 2 a 0 sobre o Ceará.
A falta de rodagem é vista como a barreira necessária a Daniel superar e mostrar que tem qualidade para ser o dono da função no Beira-Rio. Na estreia, o goleiro brilhou e foi peça fundamental na vitória por 1 a 0 sobre o Juventude. Porém, falhou no empate em 2 a 2 com o Pelotas e na derrota por 2 a 1 para o São Luiz.
A oscilação não muda a avaliação interna. Conforme apurou o ge, Daniel segue com respaldo intacto.
Há também o entendimento de que a volta dos principais jogadores do Inter faz o time ganhar corpo. O sistema defensivo fica mais protegido e sem tanta necessidade de liderar os companheiros. Terá o apoio dos experientes para ser uma peça na engrenagem e evoluir com o ar das partidas.
Os treinamentos serão fundamentais ao técnico escolher se mantém o goleiro.
Com as observações nos trabalhos e a troca ideias, o europeu chancelará a decisão.
Ramírez colherá informações junto ao preparador Daniel Pavan, o auxiliar Durgue Vidal, que trabalham diretamente com Daniel, Marcelo Lomba e Danilo Fernandes, e ouvir outros membros da comissão técnica e a direção.
Neste domingo, o Inter começa a utilizar o grupo principal na temporada. A partir das 16h, os comandados de Ramírez recebem o Ypiranga no Beira-Rio, em jogo válida pela quarta rodada do Gauchão. O Colorado está em quinto lugar com quatro pontos, três atrás do time de Erechim, que lidera a competição.
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