Triângulo Mineiro
Avaliação aponta problemas estruturais na ponte Quincas Mariano, que liga MG a GO
Local apresenta rachaduras, buracos e remendos, causando insegurança aos motoristas e moradores.
A ponte Quincas Mariano, que liga os estados de Minas Gerais e Goiás nas MG-413 e GO-134, foi avaliada por um engenheiro convidado pelo MGTV nesta quarta-feira (25). O local apresenta rachaduras, buracos e remendos, causando insegurança aos motoristas e moradores. Por dia, cerca de 15 mil veículos am na ponte.

O engenheiro civil Carlos Henrique Barreiro atua na área desde 1987 e é mestre em transportes, estradas e aeroportos. Segundo ele, além da estrutura irregular, há ainda a questão das juntas que foram mal executadas. “A junta de dilatação é importante nas estruturas de concreto porque ela faz uma separação física entre as peças. O problema é que houve uma deterioração, uma perda, que expõe a fragilidade deste material”, disse.

Ainda de acordo com o engenheiro, os buracos foram remendados com uma lama asfáltica, que não é da mesma aderência do material da estrutura. “Nós temos a ponte constituída de concreto exclusivamente e a colocação deste material não é compatível. O correto seria substituir pelo próprio concreto, deixando a superfície ainda com a integridade, mais lisa e plana possível. É como se tivesse feito uma operação tapa buraco pra minimizar este estrago. Esse material provoca uma vibração maior com a agem dos caminhões, causando riscos”, ressaltou o engenheiro.

O Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (Deer-MG) já determinou que só podem ar pela ponte veículos com até 45 toneladas, que seria uma carreta normal ou com cavalo trator de no máximo três eixos. Porém, segundo o Tenente Clementino Ivanir de Brito, da Policia Militar Rodoviária, mesmo com a determinação de peso, muitos motoristas desrespeitam.

“Nós encontramos, por exemplo, um grande número de veículos ando por lá. Inclusive caminhões. E não é apenas um de cada vez, mas, às vezes, dois três ao mesmo tempo. A demanda de serviços por conta da determinação aumentou e muito, porque existe um desrespeito da ordem. A nossa orientação é que os motoristas reduzam a velocidade e vá com direção defensiva, trafegando com atenção para evitar a acidentes”, acrescentou ele.

A reportagem do MGTV enviou vários questionamentos para o Deer e a Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop) sobre avaliações, determinação de peso, de onde surgiram as rachaduras, os riscos e o que tem sido feito para solucionar o problema. Porém, em nota, a Deer disse apenas que “a ponte Quincas Mariano sobre o Rio Paranaíba, por ser na divisa de Minas Gerais com Goiás, tem a responsabilidade compartilhada, por isto, o Deer/MG vai entrar em contato com a Agetop, com o objetivo de tratar deste assunto”. A agência goiana, por sua vez, não se posicionou até a publicação desta matéria.

25/10/2017
Fonte: MGTV
 
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