Polícia Civil de Uberlândia cumpriu sete mandados de prisão contra agentes penitenciários do Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, durante a Operação “Legalidade” deflagrada na manhã desta quinta-feira (20). Segundo as primeiras informações da polícia, os suspeitos são investigados pelo envolvimento na morte de cinco pessoas, no Bairro Lagoinha, no ano de 2015.
O inquérito foi conduzido pela Delegacia de Homicídios que concluiu que o crime foi motivado por vingança, em retaliação ao assassinato do agente penitenciário Edson Ferreira da Silva, de 49 anos, algumas horas antes da chacina.
A operação envolveu a mobilização de 40 policiais civis e dez agentes penitenciários, sob a coordenação do delegado regional Edson Rogério de Morais e o delegado de Homicídios, Rafael Herrera. Será concedida entrevista coletiva à imprensa para mais detalhes sobre o caso na manhã desta quinta-feira (20), às 11h, na Delegacia Regional.
Relembre o caso
O agente Edson Ferreira, de 49 anos na época, foi assassinado durante a noite do dia 16 de agosto próximo à Avenida Anselmo Alves do Santos, quando voltava do trabalho em uma motocicleta. Ele foi atingido por pelo menos sete tiros.
Testemunhas disseram à Polícia Militar (PM) que se tratavam de dois autores em uma motocicleta de cor escura. O condutor da moto emparelhou os dois veículos e, em seguida, o autor da garupa efetuou os disparos contra o agente.
Edson era servidor da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) desde 16 de outubro de 1998, quando ingressou como agente de segurança penitenciária por contrato istrativo.
Durante a madrugada no dia 17 de agosto, cinco pessoas morreram em uma chacina por disparos de arma de fogo. O crime foi registrado na Rua Platão, Bairro Lagoinha, e até então não havia informações sobre a autoria e motivação do crime.
A PM informou na época que, dentre as vítimas, foram identificados dois homens, um de 35 e outro de 50 anos, e uma mulher conhecida pelo apelido de “Tieta”. Dos identificados, os militares constataram agens pelos crimes de tráfico de drogas, homicídio, roubo e furto.
No momento do crime, as vítimas estavam próximas a uma esquina quando os suspeitos chegaram e efetuaram os disparos. Não houve testemunhas oculares, mas moradores ouviram os tiros e um carro saindo em alta velocidade.
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