RIO - Considerando o aumento de casos de febre amarela em macacos e humanos no Brasil desde o ano ado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta terça-feira uma alteração na recomendação de cuidados para viajantes com destino ao país. Na atualização, a entidade orienta os turistas estrangeiros com planos de visitar o Estado de São Paulo a se vacinar contra a doença ao menos dez dias antes da viagem.
RJ tem 8 milhões ainda sem proteção contra doença
A alteração a a considerar como área de risco uma porção do estado que inclui o litoral e a capital paulistana, para os quais não havia recomendação de vacina até então.
Áreas de risco para transmissão da febre amarela
RR
AP
AM
MA
PA
CE
RN
PB
PI
PE
AC
TO
RO
AL
SE
BA
MT
DF
GO
Áreas em 2013
MG
Áreas acrescentadas emJaneiro de 2017
MS
ES
SP
Áreas acrescentadas emJaneiro de 2018
RJ
PR
SC
RS
Até o surto de febre amarela registrado no ano do, a OMS recomendava a vacina para todos os estados do Norte e do Centro-Oeste do Brasil, além de Maranhão, Minas Gerais e trechos dos estados do Sul, São Paulo, Bahia e Piauí. Com o aumento de casos em 2017, a entidade ou a considerar o Norte do Estado do Rio, o Sul da Bahia e todo o Espírito Santo como área de risco para a febre amarela.
Principais perguntas e respostas sobre a febre amarela
O litoral de São Paulo e uma porção central do estado que incluía a capital paulistana não estavam dentro da área considerada de risco pela OMS. Mas a atualização divulgada nesta terça-feira altera isso. A partir de agora, observando a morte de macacos e os casos confirmados em humanos no território paulista, a OMS determinou que todo o estado deve ser tratado como área de risco. Consequentemente, todos os viajantes com destino a São Paulo devem se vacinar.
A situação atual da febre amarela no Brasil
O texto sobre a recomendação publicdo no site da OMS observa que, de dezembro de 2016 a junho de 2017, o Brasil registrou 777 casos de febre amarela, com 261 mortes, em oito estados. A maioria dos diagnósticos estava concentrada em Minas Gerais, mas muitas ocorrências foram registradas também em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso, Pará e Tocantins).
Em São Paulo, o governo contabiliza 21 mortes por febre amarela desde janeiro de 2017. O Rio de Janeiro já registrou três mortes este ano. Foram dois óbitos em Valença, no Sul Fluminense, e um em Teresópolis, na Região Serrana. Por causa disso, campanhas de vacinação contra a doença estão em andamento em ambos os estados.
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